8 de novembro de 2018

A conspiração franciscana – Leia com Luana Marili

Luana Marili, conspiração franciscana

A conspiração franciscana, é uma trama de romance histórico que promete revelar o segredo enterrado junto a São Francisco, o aparecimento dos estigmas em seu corpo e segredos polêmicos da Igreja Católica do século XIII.



“Há 700 anos a Igreja escondeu do mundo o corpo de São Francisco. Um grande segredo foi com ele para o túmulo.

A conspiração franciscana é uma versão fictícia mas extremamente verossímil para explicar o roubo dos restos mortais de São Francisco de Assis e o aparecimento dos estigmas em seu corpo”. – John Sack




A Conspiração Franciscana, escrita pelo norte-americano John Sack, polemiza com a promessa de revelar um dos maiores mistérios da Igreja Católica, referente ao santo italiano São Francisco de Assis.

A narrativa acontece no século XIII na Itália. Para entender sobre a tal Conspiração, a leitura começa contando um pouco da história de vida e morte de São Francisco de Assis, fundador da ordem mendicante dos Frades Menores, conhecida como Ordem dos Franciscanos.

Uma das mais famosas Ordens da Igreja Católica que renovou o Catolicismo daquele século, reconhecido para muitos como a maior figura do Cristianismo desde Jesus.
Já mencionei aqui no blog sobre a Capela dos Ossos que fica dentro da Igreja de São Francisco em Portugal. Veja aqui no posto “Viver em paz para morrer em paz”.


“São Francisco foi uma luz que brilhou sobre o mundo” - Dante Alighieri


Em sequencia é apresentado a história de vida do protagonista Frei Conrad de Offida, curiosamente um frade que existiu na vida real. O Frei é surpreendido ao receber uma carta enigmática do eremita Frei Leo, seu amigo e também amigo de São Francisco.

Mais do que uma carta, aquela mensagem era um legado que estava destinado para Frei Conrad que começa então sua jornada até Assis que é a cidade natal de São Francisco, para desvendar o enigma.

É nesse ponto que o leitor é cativado e iludido a acreditar que esta prestes e embarcar em uma aventura tão fascinante quanto “O código da Vinci”  de Dan Brown. Aproveite e Leia sobre o livro “Anjos e demônios” aqui no blog.

Mas não se empolgue tanto...


Durante a jornada, lentamente vai sendo revelado o segredo que existe entre a Igreja Católica e o Santo. É revelado sem meias palavras, como o alto escalão do clérigo usava de má fé para alcançar seus ideias e para defender e expor apenas o que a Instituição religiosa queria.

Para isso omitia verdades, distorcia os fatos e anulava aqueles que representassem ameaças. Enquanto condenava aqueles que “pecavam”, a Igreja nos bastidores cometia os mesmos pecados, se não piores.

Uma dessas diretrizes de coisas erradas dentro da Igreja, levanta uma Conspiração dentro da ordem dos franciscanos, que questiona e levanta hipóteses controvérsias sobre questões da vida, morte e santidade de São Francisco de Assis. São Francisco foi canonizado em 1228, após pouco menos de dois anos do seu falecimento.


"Aqueles que a Igreja Católica reconhece como santos, através da canonização, são as pessoas que desempenharam uma obra admirável, ou cuja vida serve de testemunho aos demais católicos. Esse título denota que, além de grande caráter, a pessoa está na graça de Deus (no Céu)." – Ferreira, A. B. H, Novo Dicionário da Língua Portuguesa.


São Francisco era mesmo um Santo? O enredo apresenta contradições quanto a honra ao mérito, em determinadas questões.


conspiracao franciscana
Fonte: Church Pop

O livro “A conspiração franciscana” relata como viviam os Frades ingressantes da Ordem dos Franciscanos. Uma vida de peregrinação, caridade e pobreza. Uma leitura rica em detalhar esse trabalho maravilhoso cheio de lições de humildade e fé.

A leitura dá embasamento para entender um pouco como viviam os frades, franciscanos, fiéis e cléro da Igreja Católica do século XIII.

Mas se você espera algo a mais do que isso, a obra deixa a desejar...

A conspiração é citada, mas não é desenvolvida em toda a obra como acontece com os livros de Dan Brown.

É como se o autor tivesse perdido o foco do enredo, esquece de falar de conspiração, sociedades secretas, segredos e enigmas, para dedicar centenas de páginas relatando a jornada pessoal do frade Conrad. São longos capítulos sem ação, quase um monologo, uma bibliografia.

O leitor é conduzido por histórias paralelas de personagens que vão surgindo aleatoriamente, revelando mistérios abstratos e confusos,  mostrando conexões previsíveis e sem importância para a tal conspiração que deveria ser o foco do livro. A obra permeia com esses deslizes.

Diferente das obras de Dan Brown, A conspiração franciscana deixa de aguçar a sede de aprendizado, esfria o suspense e não dá vontade de devorar o livro.

Ao final, a sensação é de ter lido vários livros diferentes e não ter entendido nenhum. A história de São Francisco de Assis, corrupções da Igreja Católica, jornada de Conrad, jornada de Amata.

A história tem poucos momentos de auges, pecam pela previsibilidade, excesso de diálogos e escassez de emoções. Difícil se identificar com um personagem ou se ver dentro da trama.

A escrita é arrastada, demora para desenrolar os fatos o que faz com que o desfecho deixe de ser surpreendente. Você termina o livro com uma sensação de vazio “Era esse o tal segredo que a Igreja Católica escondeu? Essa era a razão da conspiração dos franciscanos? Lamentável...”

Finalizo o post de hoje com o bilhete que encontrado debaixo do hábito de frei Leo depois que ele morreu:


"O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor te mostre a Sua face e conceda-te a Sua graça.
O Senhor volte Seu rosto para ti e te dê a paz".


conspiracao franciscana
Fonte: Pinterest



Luana Marili, conspiração franciscana
Fonte: Arquivo pessoal Luana Marili


Sinopse:

Em 1230, a Ordem dos Franciscanos dissimulou os estigmas da pele de São Francisco de Assis e escondeu o lugar exato de sua tumba, que só seria descoberta 600 anos depois. Que segredo terrível e ameaçador a Igreja desejava ocultar?Traduzido para mais de vinte países, A conspiração franciscana é uma obra de ficção baseada em fatos reais que prende o leitor do começo ao fim. Pouco antes de morrer, frei Leo, um grande companheiro de São Francisco, escreve uma carta de despedida para seu amigo Conrad e esconde nos ornamentos do pergaminho uma mensagem que faz referência a acontecimentos misteriosos da vida do santo. Preocupado com as possíveis implicações políticas e religiosas da carta, Conrad abandona seu isolamento nas montanhas e atravessa a Itália para encontrar explicações. Que motivação estaria por trás da atitude de frei Leo? E por que mandara uma mensagem cifrada? Ao buscar respostas, Conrad descobre uma armação de altos membros do clero para proteger um segredo que poderia destruir a Ordem e abalar os alicerces da Igreja Católica, colocando em risco sua vida, seus votos e sua própria fé. Numa trama cheia de suspense, romance e aventura, A conspiração franciscana conduz o leitor por histórias paralelas que pouco a pouco vão se cruzando e revelando conexões surpreendentes.

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OBS: Créditos da imagem de capa: Arquivo pessoal Luana Marili
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7 de novembro de 2018

Marketing existencial – Leia com Luana Marili


Luana Marili, marketing existencial



Tem como vender coragem? Espiritualidade? Bondade?

Conheça o marketing existencial, capaz de vender significados para a vida.



“Marketing existencial”, escrito por Pondé levanta questões para reflexionar sobre as distintas ramificações do marketing invisível. Trata-se de uma nova disciplina com embasamento da filosofia de existência e na psicologia.



O autor alerta que esse não é um livro sobre marketing, e sim sobre a existência humana em relação ao consumo no século XXI.

Pondé explica por que e como se movem as engrenagens por trás do mercado consumidor atual e como o marketing passou a exercer fascínio persuasivo sobre nossas carências mais profundas, tentando preencher o vazio da alma.

Camila Casarotto,  escreveu uma matéria sobre os 81 tipos de marketing no site Marketing de conteúdo, onde explica:


“O marketing acompanha as mudanças de comportamento da sociedade e precisa estar sempre se adaptando. É por isso que existem tantos tipos de marketing, que servem para diferentes situações, necessidades, canais, empresas e consumidores”.


Existe marketing pessoal, institucional, social, cultural, esportivo, politico, digital, integrado, operacional, direto, multinível, offline, mobile, promocional, viral, de incentivo, de relacionamento, de rede, de conteúdo, de performance, de redes sociais, de busca, de fidelização, de guerrilha, entre muitos outros.

E atualmente o filósofo e professor Luiz Felipe Pondé descobriu o Marketing existencial.

O que é marketing existencial?


Fonte: Laparola


Você deve estar se perguntando... Nas definição de Pondé “é uma disciplina que, partido de elementos das ciências humanas, aprofundará a produção de bens centrados na busca de sentido para a vida”.

Amantes de marketing e profissionais administrativos e comerciais, provavelmente já ouviram falar de branding.

Branding é o valor agregado ao produto, consumidores não compram apenas objetos, mas valores e comportamentos.

Partindo dessa premissa fica mais fácil entender onde entra o marketing existencial. Ele vende (ou tenta vender) valores, comportamentos e sentimentos.

Então, quando perguntei se era possível vender felicidade, a resposta é sim. Isso se, repito SE, as pessoas identificarem que felicidade está associada a realizações de seus desejos. E o marketing por sua vez, identifica e também produz desejos. 

Entende a jogada de mestre?

Pondé explica que o marketing existencial vende bem-estar como indústria da felicidade em larga escala.

O Homo sapiens, até onde sabemos, é a única espécie que necessita de significado como necessita de ar. E quando não encontra significado em sua vida, ele faz o que? Compra produtos para suprir essa falta.


Existe necessidade verdadeira? Existe desejo verdadeiro?

Ou o marketing constrói nossos desejos e necessidades?


“Se partirmos do pressuposto de que um bom marqueteiro ou publicitário é aquele que hoje sabe o que você vai querer daqui a dois anos (e ainda não sabe que vai querer), a resposta imediata é que, em grande medida, o que você deseja ou necessita é uma construção do marketing. 

A construção do desejo no marketing serve ao interesse do capital, e não ao que o ser humano de fato deseja ou necessita”. (PONDÉ 2017 p.170)


No mundo atual, se nota cada vez mais um novo perfil de consumidores, os invisíveis solitários. Eles buscam se tornar visíveis a qualquer custo e na busca por significados, são ótimos candidatos a comprar produtos que proporcionem auto estima. São os consumidores narcisistas frequentadores assíduos das redes sociais.

Fonte: Comunicave


O Marketing existencial possui ramificações que Pondé relata minunciosamente em seu livro. Podemos citar aqui, alguns exemplos simplificados para sua melhor compreensão do que vem a ser o marketing existencial, marketing de significado ou marketing invisível (é tudo a mesma coisa). Exemplos esses retirados do livro de Pondé, à ele todo mérito.

è Marketing das mídias sociais: vende serviços de auto exposição e auto promoção. Através de curtidas no Facebook, seguidores no Instagran e match no Tinder, as pessoas se sentem mais “queridas” e “aceitas” dentro da sociedade. E embora o serviço seja gratuito, as empresas lucram com a publicidade exibida na página.

è Marketing do bem: vende produtos ecologicamente corretos para um capitalismo consciente, como por exemplo ecobags, sacolas biodegradáveis, carregador solar para celular, capa para celular de bambu, sabonetes vegetais, papel reciclado etc.

è Marketing de causa: adentrou o terreno das ciências humanas formando consumidores do bem. Trabalha com ideias como humanismo animal (contra alimentação de carnes), defesa de crianças da África, cultura de comunidades (favelas), trabalho voluntário com presos, leis pró-aborto e afins.

è Marketing da vida corajosa: vende produtos para almas "nietzschianas", típicos de mercados turísticos, automobilístico e esportivo.

è Marketing religioso: vende artigos religiosos como Biblias “modernas”, terços, jóias, imagens de Santos, camisetas, agendas, etc.

è Marketing do medo: vende produtos que ampliam a sensação de segurança como seguros de vida; saúde; residencial; empresarial; celular e carro.  Além de sistemas de segurança.

Para os estressados se vende viagens paradisíacas, diárias em spas, livros de auto ajuda.

Para quem tem problemas com auto estima se vende tratamentos e produtos estéticos, roupas de grife.

O marketing existencial vende soluções e valores.

De todos, o marketing de causa é o mais frágil e mais próximo da mentira. Nas palavras de Pondé “porque toda virtude é silenciosa, e o marketing é ruidoso por natureza”.

Se as pessoas realmente tivessem intenção de fazer o bem não gritariam aos quatro ventos o que estão fazendo. São preceitos de um famoso Salmo da Bíblia Sagrada:


Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;

Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente”.
Mateus 6:1-4


O livro “Marketing existencial” é uma obra inspiradora, e cita como referencias grandes mestres como:

* Soren Kierkegaard (dinamarquês, filósofo, teólogo e pastor 1813 - 1855), 
* Nietzsche (alemão, filósofo, poeta e compositor 1844 – 1900)
* Aristóteles (grego, filosófo, aluno de Platão 384 a. C. – 322 a.C)
* Immanuel Kant (prussiano, filósofo 1724 - 1804)
* Dom Casmurro de Machado de Assis (Brasileiro, escritor 1839 – 1908)

Aproveite a leitura!


Luana Marili, marketing existencial
 Fonte: Arquivo pessoal Luana Marili


Sinopse:

"Este não é um livro sobre marketing. É um livro sobre a existência", avisa o filósofo Luiz Felipe Pondé, logo na abertura de Marketing existencial. Seu objetivo não é indicar caminhos para o mercado, nem auxiliar os leitores a serem consumidores mais felizes. É analisar por que a produção de bens em nossa época foi, pouco a pouco, se confundindo com os anseios existenciais dos indivíduos e deixou de atender à mera satisfação de necessidades básicas.

Neste século XXI, a difusão de "bens de significado" passa à vanguarda do mercado, conduzido por um "marketing existencial" que busca vender produtos não apenas materiais, mas, sobretudo, os imateriais, na forma de bálsamos para as angústias mais profundas das pessoas. Em sua provocante reflexão, o autor recorre à filosofia da existência - de Kierkegaard a Sartre, de Unamuno a Camus - para examinar como as questões essenciais dos seres humanos permanecem vivas e sem resposta, mesmo na "sociedade do cartão de crédito".


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6 de novembro de 2018

Viver em paz para morrer em paz – Leia com Luana Marili

Luana Marili, viver em paz


O livro de hoje é “Viver em paz para morrer em paz”. Que falta você fará ao mundo quando partir? O que é preciso para viver em paz?

Se você não existisse, que falta faria?

Qual é a tua obra?

Quando você se for, o que vai ficar? O que você vai deixar que não apodreça e não gere fratricídio?



Luana Marili, viver em paz

Para ser capaz de responder á questões complexas como essas apresentadas, sobre qual a falta que você vai fazer no mundo, é preciso se conhecer muito bem.

“O autoconhecimento é um processo necessário e fundamental para a melhoria de si mesmo – um processo interminável, pois tudo o que acontece à nossa volta nos afeta e nos transforma” - Cortella.

Precisa ter coragem, encarar o espelho da alma e desmascarar quaisquer traços de orgulho e vaidade, para ter acesso a esse vilarejo distante e obscuro onde reside o seu verdadeiro eu. Se autoconhecer é tão complexo quanto esplendoso.

Cortella usa grandes mestres para ilustrar seus textos e deixar a leitura ainda mais envolvente e enriquecida. Em “Viver em paz para morrer em paz” você vai se deparar com grandes nomes como o pintor Picasso; poetas como Mario Quintana, Fernando Pessoa e Dante Alighieri; psicanalista Erich Fromm; filosofo e escritor Roland Barthes; pensador Enrique Dussel e sociológo Émile Durkheim.

É um á la carte de mestres ilustres, uma explosão de conhecimentos para preencher um pouco mais sua bagagem cultural.

viver em paz para morrer em paz
Fonte: Postersia



“A vida é muito curta para ser pequena” é uma frase do pensador Benjamin Disraeli.

O que apequena a vida?

Nas palavras de Cortella: é o desperdício de convivência, incapacidade de ter algo que não seja superficial, a possibilidade de esquecer as noções importantes de vida que são: fraternidade, solidariedade, amorosidade.

Quem você é? O que te representa?

Cortella explica que existe uma obsessão comunista, uma ideia de que eu sou aquilo que eu tenho e isso não é verdade.

Eu sou aquilo que eu falo, relaciono, convivo com os outros.


As pessoas vivem grande parte de suas vidas de maneira vazia e superficial, como se fossem viver para sempre. Como se viver em paz estivesse diretamente relacionado com a quantidade de bens adquiridos durante a vida.

Está errado!

Um dia você, eu, todos nós iremos partir, e nada levaremos dessa vida além do bem que fizermos aos outros.

O Homo sapiens por vezes pensa ser imortal, se esquece que a vida acaba. Um excelente lembrete para se viver em paz porque a vida é curta está na Igreja de São Francisco situada na cidade de Évora em Portugal.

Dentro dessa Igreja, existe a Capela dos Ossos, construída com 5 mil esqueletos humanos. Na fachada de entrada o visitante é recebido com a seguinte mensagem:


“Nós, ossos que aqui estamos,
 pelos vossos esperamos”


Ainda mais interessante é a origem dessa capela. No século XVI Évora abrigava 42 cemitérios. Sem espaço, os monges franciscanos tiveram a ilustre e sinistra ideia de desenterrar os esqueletos e usá-los na construção e decoração de uma capela.

Essa genialidade obscura e de gosto duvidoso fortalecia o culto á celebração pela morte, muito difundida na era barroca e ainda era condizente com os ensinamentos simplicistas e humildes de São Francisco.

Capela dos Ossos

Cortella menciona essa referência em seu livro e mais uma vez nos leva a reflexionar.


Se nada levaremos dessa vida, então deveríamos nos empenhar no que deixaremos aqui na Terra. O que somos capazes de deixar de herança para outras gerações, que gere valor não material?

Cortella menciona o seguinte trecho em seu livro “Viver em paz para morrer em paz:

O filósofo irlandês George Berkeley disse um dia que "ser é ser percebido". Ou seja, se não é percebido, não existe. Uma estrela por exemplo, se nós não a conhecemos, não a percebemos, logo, ela não existe para nós.

Para não serem esquecidas, as pessoas fazem músicas, escrevem livros, tatuam o corpo, participam de comunidades vitruais, mergulham no Twitter, criam blogs.


O que você fará para não ser esquecido? Como você quer ser lembrado?

É preciso fazer-se importante.

Cortella quando se for, deseja fazer falta.

Luana Marili quando se for, deseja inspirar os outros.

Quer ser lembrada pelas obras que deixou, ter suas ideias compartilhadas.

E você, o que deseja?

Para viver em paz Cortella ensina como lidar com conflitos e confrontos, comunicação mais eficaz entre pais e filhos, nostalgias e saudades, imprevistos e mudanças, paixões, escolhas, a verdadeira felicidade, erotização, exposição, medos e autoconhecimento.

E para finalizar Cortella deixa uma reflexão:

Qual é a sua verdade? Qual é a sua essência?
No dia em que você se for, essas questões irão embora com você. O que permanecerá de você no mundo?

Encontre essas respostas lendo “Viver em paz para morrer em paz”.


Sinopse:

Se você não existisse, que falta faria? Para responder à essa pergunta, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella discute o que é importante nessa vida. Não é ser famoso e nem acumular coisas e propriedades, em uma obsessão consumista. Importante é ser importante para alguém, ou seja, fazer falta para alguém. Como? Neste livro, Cortella aponta alguns caminhos e nos faz pensar sobre as razões da existência.

Luana Marili, Viver em paz
Fonte: Arquivo pessoal Luana Marili



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